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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Série "Rústicos" Raça Marota


Por: Jozias Umbelino e Ricardo Gois 
A Série “Rústicos” traz ao conhecimento do leitor informações importantes sobre mais uma raça de caprinos adaptadas à região Nordeste do Brasil. Trata-se da raça Marota. Conheça algumas características que permitem identificar os animais dessa raça, a sua importância produtiva e econômica para nossa caprinocultura.
foto: Cicero lajes
Marota
A raça de caprinos Marota originou-se através de um processo de seleção natural dos ecótipos de caprinos introduzidos pelos portugueses, na época da colonização. Trata-se de um tipo étnico, pouco produtor de leite, formado sobre condições desfavoráveis, cuja rusticidade e adaptação lhe proporcionam a capacidade de sobreviver e produzir em ambiente pouco favorável.
Características
O caprino da raça Marota é de pelagem branca, de pequeno porte, apresenta cabeça ligeiramente grande e vigorosa, chifres desenvolvidos, divergentes desde a base, voltados levemente para trás e para fora, pontas reviradas quase sempre para frente, orelhas pequenas terminando em ponta arredondada, forma alargada com ocorrência de pequenas manchas escuras; pescoço delgado; tronco ligeiramente alongado, linha do dorso lombar reta, garupa inclinada; tórax e abdômen amplos; membros alongados, fortes e aprumados; pele e mucosas claras apresentando pigmentação na cauda e face interna das orelhas; pelos curtos e presença de barba; úbere bem desenvolvimento.
Apesar de conhecer a importância e a necessidade da preservação e da seleção das raças adaptadas de caprinos, formadas no Nordeste, a raça Marota, como as demais, acha-se em processo de extinção.

 Isto se deve, principalmente, ao sistema extensivo de exploração ainda existente na região que permite a ocorrência de cruzamentos não controlados dessas raças, entre si, e destas com as diversas raças exóticas introduzidas mais recentemente, dando origem a animais sem raça definida (SRD), que constituem o principal rebanho de caprinos da região Nordeste, segundo Raimundo Bertino Assessor Técnico do Centro Sabiá, outro fator que tem contribuído para a extinção de raças adaptadas é a introdução de animais de raças não adaptadas, vendendo a falsa ideia de que esses animais exóticos são mais produtivos, no entanto sua criação requer maiores cuidados, são mais sensíveis a doenças e requer uma alimentação especial causando assim um custo maior para os pequenos agricultores por esses motivos muitos produtores deixam de criar.

1 comentário:

  1. Valorizar as características de animais locais faz toda uma diferença no resultado final.

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